O ex-presidente do Grêmio, Flávio Obino (foto), poderá lançar-se oficialmente hoje como candidato a dirigir novamente o clube no ano do Centenário. Os detalhes finais para a apresentação de sua candidatura, provavelmente de consenso, foram acertados durante reunião realizada na noite de terça, no Olímpico.  Além de Obino, participaram do encontro o presidente do Conselho Deliberativo, Oly Fachin; o vice, Jayme Eduardo Machado; e o presidente do clube, José Alberto Guerreiro.

Eleito pela primeira vez em dezembro de 1998, Guerreiro anunciou na reunião que não tentará a reeleição. A eleição será realizada dia 18 de dezembro. Foi rejeitada a data de 19 de dezembro para evitar a coincidência com a diplomação dos novos deputados estaduais.

A chapa de Obino poderá contar até mesmo com nomes que hoje integram a diretoria. Tudo em nome da união das facções políticas do clube no ano em que o tricolor completa 100 anos.

Mesmo tendo presidido o Conselho Deliberativo por 12 anos, Obino não tem a unanimidade entre os conselheiros. Quarta, especulava-se sobre o lançamento de uma candidatura de oposição, mesmo que ela não tivesse o peso suficiente para se eleger. O ex-presidente Luiz Carlos Silveira Martins tem resistido à pressão de conselheiros oposicionistas para concorrer.

O presidente do Centenário terá, forçosamente, que submeter o Grêmio a "uma profunda reforma administrativa", antecipa Jayme Eduardo Machado. Relator da comissão de reforma estatutária do clube, Machado sugerirá a criação de um conselho de administração já no primeiro semestre de 2003.

Integrado pelo presidente e outros quatro conselheiros, o futuro conselho de administração evitará que apenas uma pessoa seja responsabilizada por todos os atos do clube. Depois de instalado, o conselho terá poderes para contratar uma diretoria executiva, que se responsabilizará pela gestão de todos os setores do clube.